O Céu chove lá fora suas águas
Enquanto chovo as minhas aqui dentro
O punhal da tristeza me acerta a garganta
Produzindo uma ânsia que nada abranda
Eu olho para o céu e ele produz nuvens escuras
Para as árvores e as folhas param de balançar
Para seus olhos, mas eles estão no chão
Para minha vida e ela se desintegra, inútil
Cura as minhas chagas, Ó SENHOR!
Esta alma leprosa precisa do desassombro
As lembranças dos que foram me sufocam
Não posso pensar nos que ainda se vão
Morrerão enquanto me matam
E o que sobra é um quase nada
Um velho na sua tal sobrevivência
Mais pobres que eu me olham com pena.
Mais pobres que eu!
Desde que aprendi a rir,
Nunca mais deixei de chorar.
Dos jovens, o pedido por conselhos,
E eu os dou,
Vocês sabem de tudo e TUDO,
Vocês só me repreendem e me desprezam,
De mim sentem nojo
Por ver em mim seus próprios futuros
Ser ultrapassado, vocês também serão
Por que não morre? Vocês também morrerão.
Mas antes disso,
Vão se gozar e me deixem lembrar!
Vão se morrer e me deixem sofrer!
Caminhando por outras paragens? Devias fazer isso mais vezes! Espetacular!
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Certamente depois desse empurrão espetacular, fiquei tentado. Obrigado por isso e por tudo, brother. Abraço.
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o mesmo e o seu contrário! muito bem relatado, Waldir. Continue assim a encantar-nos.
um beijo,
Mia
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Beijo, Mia. Muito obrigado. 🙂
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Sempre a nos surpreender. Só uma coisa não surpreende: a alta qualidade do texto, que é a de sempre. Um forte abraço, meu caro amigo, e uma ótima tarde pra vc.
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Muito obrigado, caro amigo. Muito obrigado mesmo. Abraço.
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